domingo, 30 de dezembro de 2012

Os Telefones 911 e 112 também atenderão emergências, além do 190

Toda cidade possui números de telefone que são importantes em caso de emergência, como o 190, que no Brasil é usado para entrar em contato com a Polícia Militar.

Com a aproximação da Copa de 2014 e das Olimpíadas, a Polícia Militar está se preparando para atender turistas do mundo inteiro. Como alguns turistas não conhecem o telefone de emergência da Polícia Militar no Brasil, o 190, o Centro de Operações da Polícia Militar poderá ser acionado também por meio do número 112 (usado para emergências em países da União Européia) e pelo número 911 (utilizado pela polícia nos Estados Unidos). Esse serviço funciona já há alguns meses e será definitivo.

Fonte: Polícia Militar de Registro-SP

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Frutas nativas do Brasil e Paisagismo | Paisagismo Digital

s frutas nativas brasileiras e, especialmente as de ocorrência na região Centro-Oeste, já eram usadas pelos povos indígenas desde épocas remotas. Essas espécies desempenharam um papel fundamental na alimentação dos desbravadores e colonizadores da região, principalmente, no que se refere ao fornecimento de vitaminas e de alguns minerais essenciais à saúde.
A região Centro-Oeste do Brasil abrange 3 biomas: o Cerrado, o Pantanal e parte de Floresta Amazônica . Da área total dos biomas cerrado e pantanal, predominantes na região Centro-Oeste, apenas 16,8% foram consideradas áreas de cerrado não antropizado, através do uso de imagens de satélite.
O Cerrado ocorre, predominantemente, no Planalto Central do Brasil e ocupa cerca de 23% do território nacional (206 milhões de hectares), constituindo o segundo maior bioma do País. Apresenta uma flora, que é considerada a mais rica dentre as savanas do mundo, estimando-se um número entre 4 mil e 10 mil espécies de plantas vasculares A acelerada exploração agropecuária desenvolvida no cerrado, durante as últimas décadas, teve como conseqüência, além do desenvolvimento sócio-econômico da região, a remoção da vegetação nativa através dos desmatamentos realizados, em sua maioria, sem planejamento e fiscalização, prejudicando a biodiversidade.
Sobre o cerrado você pode ver Cerrado, biodiversidade ameaçada
As frutas nativas desta região, além do seu potencial nutricional, são de rara beleza, podendo e devendo ser usadas em projetos paisagísticos e de urbanização. Podem ser também uma fonte de renda para as populações.É uma grande riqueza de espécies que podem ser consideradas "Plantas do Futuro", ainda não exploradas pelas comunidades locais e por aqueles que se dedicam ao Paisagismo.



Podem ser utilizadas com sucesso na recuperação de áreas desmatadas ou degradadas; no plantio intercalado com reflorestas; no enriquecimento da flora; no plantio em parques e jardins; em áreas acidentadas, para controle de erosão além de áreas de proteção ambiental.



Além destas características, muitas espécies fazem parte da flora apícola e algumas têm propriedades medicinais ainda não pesquisadas cientificamente.
São também responsáveis pela sobrevivência de inúmeras espécies animais que se alimentam delas. Animais como o lobo guará, a raposa do campo, miquinhos, quati, anta, macaco prego, cachorro do mato e um sem número de aves.

Algumas Frutas Nativas da Região Centro-Oeste do Brasil

Cagaita Eugenia dysenterica Myrtaceae



O aproveitamento alimentar da espécie é popularmente consagrado na região e seu valor econômico/comercial já não é mais potencial. Sorveterias de Goiânia e Brasília fabricam sorvetes com os frutos da espécie, catados no chão. Os frutos utilizados por uma das sorveterias de Brasília são catados de árvores que compõe a arborização da própria cidade. Bom exemplo de benefícios com a utilização de espécies fruteiras no paisagismo público. Tais benefícios são especialmente aumentados quando a espécie em questão é nativa, uma vez que são atraídos polinizadores e dispersores, promovendo uma integração efetiva e positiva da cidade com o cerrado do entorno.

Murici Murici do campo Byrsonima basiloba Malpighiaceae



Apresenta um potencial ornamental muito grande pela sua belíssima floração. Os frutos podem se ingeridos ao natural ou em sucos e sorvetes. Na medicina popular é usado como anti diarréico e no tratamento de úlceras.

Pequi Caryocar brasiliense Caryocaceae



Dentre as frutas conhecidas e estudadas, vale destacar o pequi, um fruto muito consumido e famoso na região como o ouro do cerrado. Além do sabor peculiar, tal fruto contém uma excelente quantidade de antioxidantes, as célebres substâncias que combatem os radicais livres. Sua polpa é amplamente utilizada na culinária regional, o óleo extraído é usado na fabricação de sabão e temperos. Do pequi, nada se perde! A casca é transformada em farinha e a castanha é comestível, depois de torrada. As folhas fazem parte da medicina popular, usada contra bronquites.

Mama cadela, chicletinho do cerrado Brosimum gaudichaudii Moraceae



Frutos comestíveis ao natural ou na forma de sorvetes. Folhas, cascas e raízes são usadas para o tratamento de vitiligo e gripes.

Araticum Annona crassifloraAnnonaceae



Árvore de tamanho variável, podendo atingir até 7 m de altura de acordo com a espécie. Possui grande valor ornamental por sua forma rústica.
Os frutos possuem sabor característico, são usados para doces, licores e sorvetes. As folhas e sementes são usadas pela medicina popular como remédio anti diarréico e como inseticida também.

Buriti Mauritia flexuosa L Palmae



Ocorre naturalmente isolada ou em grupos, de preferência nos terrenos pantanosos, sendo por isso denominada Palmeira-do-brejo, Buritis Altos, Vereda do Buriti Pardo, Buriti Mirim, Vereda Funda, Bom Buriti, Vereda-Meã, Buriti Comprido, Vereda-da-Vaca-Preta, Vereda-Grande, Buriti-do-Á, Vereda do Ouriço-Cuim, Buriti-Pintado, Veredas-Mortas, Córrego do Buriti-Comprido...
Nas regiões onde ocorre, o buriti é a planta mais importante entre todas as outras, de onde o homem local, herdeiro da sabedoria dos indígenas nativos, aprendeu a retirar parte essencial de seu sustento.
Os cachos carregados de frutos e as folhas de que necessita, são apanhados lá no alto, cortados no talo com facão bem afiado para não machucar a palmeira.
Depois disso, o experiente sertanejo pula, usando as largas folhas do buriti como se fossem pára-quedas, pousando suavemente na água.



Dos frutos do buriti - um coquinho amarronzado que, quando jovem, possui duras escamas que vão escurecendo conforme amadurecem - aproveita-se a polpa amarelo-ouro. Para extraí-la é preciso, antes, amolecer aquelas escamas por imersão em água morna ou abafamento em folhas ou em sacos plásticos.
E é com ela que são preparados os doces e outros sub-produtos tradicionais
O buriti é ainda muito mais do que puro alimento para homens e animais. De sua polpa, por exemplo, a população regional extrai um óleo de cor vermelho-sangüínea utilizado contra queimaduras, de efeito aliviador e cicatrizante. Esse mesmo óleo é comestível, apresentando altos teores de vitamina A. Também comestível e, dizem, saboroso, é o palmito extraído do broto terminal da planta.

Mais informações sobre o Buriti você pode ver em: Buriti, a palmeira das veredas.

Mangaba Hancornia speciosa Apocynaceae



A mangabeira é abundante em todos os tabuleiros e nas baixadas litorâneas da região Nordeste, onde se obtém - de forma extrativista - a quase totalidade dos frutos colhidos. Acha-se as frutas também nos cerrados do Centro-oeste, no norte de Minas e em parte da Amazônia.
O potencial para o aproveitamento da mangabeira inteira é muito bom, apesar de que apenas os frutos apresentam um valor comercial significativo. Do tronco, podemos extrair o látex, substituto do látex da seringueira, mas com qualidade um pouco inferior . A mangaba é uma fruta rica em diversos elementos e em sua composição encontramos as vitaminas A, B1, B2 e C, além de ferro, fósforo, cálcio e proteínas. A mangaba é uma fruta rica em diversos elementos e em sua composição encontramos as vitaminas A, B1, B2 e C, além de ferro, fósforo, cálcio e proteínas.

Esta é apenas uma amostra mínima de nossas árvores frutíferas que devem ser preservadas, valorizadas não só pelo seu uso alimentar mas também pela capacidade de enfeitar nossos jardins!


Fontes: http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio15/frutos.pdf
http://www.portalsaofrancisco.com.br
Fontes das fotos
http://arvoresdesaopaulo.files.wordpress.com/2012/04/frutas-nativas.jpg
http://motoprazer.blogspot.com.br/2011/11/frutas-do-cerrado-brasileiro.html

 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Como fazer da sua casa um imóvel de charme | Mariana Barros



Como valorizar sua casa e colocá-la no mapa dos endereços mais charmosos da cidade:

1) Capriche nos acabamentos. Casa com acabamentos bem feitos permite dar aquela subidinha no preço na hora de passá-la para frente e torna a vivência ali dentro muito mais confortável.

2) Fuja do tradicional piso frio na sala e nos quartos. Ele oferece um bom custo-benefício, além de ser fácil de limpar, mas perde no conforto e na estética. Nada mais desagradável do que saltar da cama quentinha ou do "sofazão" e colocar o pé no chão frio, especialmente no inverno.

3) Piso de cimento queimado é uma ótima opção. É prático e sua temperatura não varia muito. Seu aspecto rústico dá um charme a mais a qualquer ambiente. Você ainda pode fazer composições com peças de cerâmica e ladrilhos.

 


Piso de cimento queimado com ladrilhos


4) Use ladrilhos hidráulicos ou mesmo azulejos vintage com desenhos gráficos para criar painéis nas paredes. Delimite uma área com boa visibilidade e com potencial para mudar o aspecto do ambiente e cubra-a com as peças. Só não exagere na área a ser decorada: uma parede está de bom tamanho ou até menos que isso.

5) Assoalhos, de madeira, dão sempre um algo a mais, seja laminado, taco, tábua larga ou estreita. Se o apartamento for antigo e tiver alguns tacos faltando por exemplo, pense duas vezes antes de arrancar tudo e colocar um outro tipo de piso mais barato. O investimento no conserto dos tacos pode ser compensado quando o imóvel for colocado à venda.

6) Quando for possível e não atrapalhar a dinâmica da casa, diminua a quantidade de paredes. Se você tiver um quarto extra, retire a parede e ganhe uma sala mais ampla, por exemplo. Você ganha luz e ventilação. Quem gosta de cozinhar e receber amigos pode demolir parte das paredes da cozinha e integrá-la à sala.

7) Portas de correr de vidro são outra grande aposta, especialmente na divisão entre as áreas sociais e as áreas externas. Elas garantem ótima luminosidade e ventilação e ainda integram os ambientes dando uma sensação de amplitude.

8) Pastilhas revelam bom gosto e sofisticação. O mercado oferece opções com brilho, peroladas, foscas e das cores mais variadas. Dá para revestir apenas uma parte da parede, numa altura de 1,50 metro por exemplo, suficiente para proteger a parede e dar aquela uma bossa a mais.

9) Persianas são uma solução prática e descolada, especialmente se comparadas aos "cortinões". Há de diversos tipos e materiais e elas podem ser usadas tanto na sala quanto nos quartos.

10) Pesquise a história do seu imóvel. Quem foi o arquiteto responsável pelo projeto, o engenheiro que cuidou da obra, a construtora… procure conhecer em que contexto ele surgiu, em que ano e quais eram as tendências daquela época. Essas informações ajudam a entender por que o o imóvel é do jeito que é e a valorizar seus atributos. E a pesquisa ainda pode revelar dados interessantes que conferirão mais personalidade ao local, especialmente na hora de vendê-lo.

Paisagismo Ecológico como solução

Paisagismo Ecológico como solução

A União Europeia sendo um dos blocos económicos mais ricos do mundo, no entanto 17% da população não tem capacidade para satisfazer as suas necessidades básicas (fonte: Comissão Europeia).

No resto do mundo populações não tem acesso à água potável, estima-se 25 milhões de refugiados ambientais e de alterações climáticas.

Portugal tem diversos problemas ambientais; erosão costeira, fogos florestais cada vez mais violentos, desertificação em forte crescimento em regiões do interior do país ( Trás-os-Montes e Baixo Alentejo na Bacia do Rio Guadiana) entre outros.

Perante isto, é importante criar uma consciencialização em cada um de nós e um conhecimento profundo nas medidas de ação, que podemos iniciar.



O Paisagismo pode dar uma forte contribuição no equilíbrio ecológico e na proteção, o papel do passado foi de criar beleza, nos dias de hoje o Paisagismo no modelo na criação de paisagens tem de ser mais de acordo com os ecossistemas locais.

Se reparar-mos um resort de férias no Algarve com 1 hotel, várias vivendas e os seus jardins, campo de golfe á beira mar, mas se ver-mos o mesmo cenário na Califórnia, apostaria, se uma agência de viagens lhe apresentar duas fotos sem legendas, você não saberia identificar de onde seriam, porquê?; é simples porque ambos tem a mesma arquitectura e paisagismo; alguém chamou de "macdonalinização do habitat" padronizados, as mesma plantas, as mesmas pérgolas, os mesmo vasos; o que isto contribui para um desenvolvimento sustentável, nada.
Já William Robinson em 1866 escreveu acerca dos jardins vitorianos: "tudo isto é uma falsa e hedionda arte".

e como hoje se mantém atua.

Como o paisagismo pode contribuir para biodiversidade, nós já reparamos que quase todos os jardins tem roseiras e por vezes deparamos que são atacadas por uma praga (os afídeo)s, fica-se logo alarmado com isso, e pedimos ao técnico que escolha o melhor pesticida para os destruir. Mas podemos mudar de hábito, trazendo vida para o jardim; com isto não significa que um espaço verde seja uma mini-amazónia, em que mal podemos entrar, mas também não é uma extensão da sala de estar no exterior, em vez de móveis bem arrumados, temos plantas bem aparadas, sem uma folha seca, mas também sem uma borboleta.

Então 10 medidas de biodiversidade para o Paisagismo, são medidas abrangentes que podem ajudar a tornar um espaço verde ecológico, trazendo benefício dos insetos e de animais. E que alguns trazem poupanças em tempo e recursos tão importantes nos dias de hoje .

1. Plantas com bastantes flores




As flores são importantes para fornecer pólen e néctar para as abelhas borboletas e outros insetos, pois sem eles a maioria dos nossos alimentos não existia e a humanidade não passava de um projeto falhado. Pois os polinizadores são a chave da cadeia alimentar.
E muitos insetos auxiliares no combate as pragas, quando adultos alimentam-se exclusivamente de pólen e néctar (por exemplo do Género Orius ) em que as larvas devoram psilas, afideos, ácaros, entre outros.

Escolher plantas que providenciem pólen e néctar alongo de uma estação ou no ano inteiro, tendo o cuidado de escolher plantas nativas pois elas fornecem o alimento certo, mas também algumas exóticas, tendo o cuidado de não escolher plantas híbridas F1 muito cruzadas, ou variedades criadas em laboratório com flores duplas.

2. Desenvolver uma consórcio de árvores e de arbustos




As árvores, os arbustos nativas, ou uma mistura de várias espécies de sebes fornecem abrigo e comidas aos animais. Estudos têm vindo a demonstrar que as árvores abrigam uma enorme diversidade de espécies de fauna (por exemplo os sobreiros albergam cerca 140 insetos, 12 anfíbios, 13 répteis, 73 aves, 23 mamíferos) (fonte: WWF).

As árvores garantem tanto alimentos na forma de flores, frutos, e sementes, assim como o local para nidificação de aves, como para os insetos. Arbustos fornecem alimentos, como azevinho, amoreiras, groselheira, mirtilos, madressilvas, árvores de fruto como romãzeiras, figueiras, aveleiras, amendoeiras, não só suporta a vida selvagem, como fornece frutos aos humanos.

3. O olhar mais atento aos pequenos bosques no seu bairro

Por vezes nós temos nas redondeza dos bairros onde habitamos, pequenas florestas degradadas que pertencem a privados ou ao estado, se os devidos proprietários não tem condições para os manter; organizem uma comissão de moradores, angariem fundos, voluntários, falem com especialistas na área de recuperação paisagística, e metam as mãos à obra.

A importância desses espaços é vital na preservação da fauna e também da flora, como a fauna não respeita fronteiras das propriedades; pois esse é o grande desígnio da "democracia natural "; e assim ao criarmos uma rede de ligação entre os jardins e essas áreas verdes, estamos a criar biodiversidade.

4. Criar um upgrade aquático




As coisas simples são as mais belas para a Natureza, por vezes pensamos que criar um lago com água corrente numa cascata e com uma plantas frondosas nas margens e belos nenúfares no meio do lago, certo é romântico, mas cada casa não é um castelo com a princesa e o cavaleiro.
Um simples charco pequeno com plantas aquáticas, uma pedras de voltas das margens com uma ligeira inclinação; vai reparar na vida selvagem que estabelece, pequenos mamíferos, aves, para beber água no verão, anfíbios, pequeno répteis (salamandras), insetos (libélulas), plantas espontâneas aparecem para colonizar o espaço.

5. Deixar um lugar sombrio, com uma pilha de pedaços de madeira




Um monte de madeira, se reparar-mos alberga grande quantidade de vida silvestre, desde de fungos, insetos, animais; este tipo de habitat está tornar-se cada vez mais raro, pois são lugares ideais de hibernação a animais e a insetos. Qualquer tipo de madeira serve mesmo que esteja pintada ou envernizada, mas o melhor são os troncos naturais, que podem ser dispostos artisticamente em (logpiles), dando um olhar bastante arquitectónico e rústico; embora as pessoas prefiram esconder longe da vista.

6. Composto

O composto ajuda a fornecer matéria orgânica para os canteiros de plantas, como também para a vida selvagem. Para além de manter vivos localmente uma série de organismos decompositores, como os saprófitos e em especial fungos e batérias do solo.

Ainda com a vantagem de obter nutrientes de forma gratuita e fácil de produzir, e ainda contribuindo para o sequestro de carbono localmente dispensando a compra de sacos de composto, o combustível envolvido no transporte, para além de diminuir o volume de lixo que as embalagens incorporam localmente.

A pilha ou meda de composto como liberta calor serve de hibernação para animais como pequenos répteis, entre outros.

7. Dar alimentos e água às aves durante todo o ano




Fornecer adicionalmente alimentos a aves especial nas épocas do ano mais críticas em "alimentos selvagens", pode significar a vida ou a morte de muitas aves; mas com o cuidado de fornecer de forma moderada, pois tendem a ter o vício de obter alimentos fáceis alterando o seu estado selvagem.

Ideal é oferecer uma mistura de alimentos de vários tipos de sementes, amendoins, alguns vegetais, frutas de bagas e pequenos pedaços de várias frutas.

Colocar água em recipientes rasos pois aves para além de beber, gostam de se banhar. Todos estes recipientes estejam numa altura segura para que os animais domésticos, não ganhem apetite em especial os gatos.

8. Não seja tão arrumadinho com o jardim, deixe algumas áreas num "caos"


Com isto não significa que o seu jardim se transforme de numa mini-amazónia, que seja preciso para entrar em casa de uma catana para abrir caminho, mas escolha locais, onde possa deixar pequenos montículos de folhas secas caídas das árvores; uma árvore de fruto deixe cair os frutos maduros no solo; isto vai atrair pequenos roedores, e com eles predadores, fornece abrigo a insetos e a animais, são locais onde os animais hibernam como os ouriços. Fazer pequenos montes de pedras ajuda como habitat para muitos animais. Pode escolher lugares como recantos escondidos, ou atrás da casa das ferramentas, garagem etc.

9. Crie manchas de relva com maior altura


O ideal seria criar canteiros de plantas silvestres, mas se não tiver espaço ou não quiser, opte por criar zonas de relvado em que em que a relva fique de maior altura nos recantos mais discretos ou não, por vezes o efeito de contrates de alturas pode ser interessante, por exemplo os suíço gostam deste tipo de contraste nos relvados. Com a relva numa altura maior dá abrigo a muitos mamíferos, e proteção contra predadores a muitas aves que nidificam no solo, e alimentos em especial a muitas lagartas de borboletas.

10 Um jardim sustentável é uma ajuda à proteção da vida selvagem

A sustentabilidade neste momento é uma palavra-buzz na internet, procurada em muitas línguas, a sustentabilidade tem um significado tão simples que é minimizar o uso dos recursos não renováveis (petróleo), e optar por energia renovável (painéis solares, mini torres eólicas) hoje a tecnologia permite que uma casa seja auto suficiente energéticamente, usar racionalmente a água (opte por aproveitar a água da chuva que caí no telhado da sua casa).
Não use pesticidas e herbicidas tóxicos, não use madeira proveniente de florestas virgens, recicle madeira (pallets) para fazer móveis exteriores e caminhos, não use vernizes sintéticos nas madeiras, aproveite os materiais localmente (como pedras para fazer taludes de sustentação, troncos, etc.) recicle o mais que puder e vá até onde conseguir.
Hoje há dezenas de empresas, de especialistas, de tecnologia, de métodos, de ideias, de projetos, de informação na internet de forma livre; não há qualquer desculpa em especial por parte dos Paisagistas para afirmarem que não há outro caminho no contributo para um futuro feliz para as próximas gerações. Pois alguém no futuro vai culpa-lo porque o meu avó não fez isto.

Samuel D.F. Teixeira

A moda dos jardins verticais | Mariana Barros

A moda dos jardins verticais



Museu do quai Branly, de Artes e Civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas, em Paris. Paredes vegetais de Patrick Blanc (Fotos: Divulgação)




Pode reparar: halls de prédios comerciais, muros de edifícios residenciais, consultórios, praças, farmácias… São Paulo vive um “boom” de jardins verticais dos mais variados tipos e tamanhos. O precursor desta moda foi o francês Patrick Blanc , botânico e criador do conceito de forrar com plantas plataformas verticais. Ele conta que foi observando a vegetação de penhascos que lhe ocorreu criar uma estrutura capaz de servir de suporte a espécies de plantas. Suas experimentações começaram nos anos 90, mas ganharam força mesmo a partir dos anos 2000. Em 2008, ele reuniu seus principais trabalhos e técnicas no livro “Le mur végétal, de la nature à la ville”, que acaba de ganhar versão em inglês atualizada neste ano (“The vertical garden, from nature to the city”).




Edição atualizada e em inglês lançada neste ano




Foram empregados principalmente para fazer com que ambientes pareçam mais amplos ou que muros externos sejam mimetizados na paisagem. O ineditismo da técnica, porém, ficou para trás. Hoje, esses jardins são o que se pode chamar de “carne de vaca”. Acabam servindo meramente como item de decoração e com espécies pouco exuberantes. Em muitos casos, um vasinho pendurado já é logo chamado de “jardim vertical”. De qualquer modo, embora não sejam mais nenhuma novidade, algumas paredes vegetais ainda impactam quem as encontra pelo caminho.




Hall de um edifício comercial na Avenida Angélica: boom dos jardins que vão de cima a baixo (Fotos: Mariana Barros)







Edifício residencial na esquina da Alameda Tietê com a Rua Haddock Lobo: cultivo vertical do lado de fora




terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Projeto de paisagismo: Noção e bom senso | Paisagismo Digital

Segue abaixo uma matéria muito interessante publicada no site paisagismo digital.

PINIÃO PESSOAL DE UMA PROFISSIONAL PAISAGISTA


A criação e execução de um jardim, seja por profissional iniciante, ou mesmo por um amador, exige alguma noção de jardinagem e bom senso. Um jardim sempre traz a expectativa de "um curtir" o espaço que sendo trabalhado. E, independente do gosto,que é muito pessoal, há que se buscar um equilíbrio na conjunção dos elementos que vão fazer parte dele, enfim, na sua criação.

Algumas dicas:

  • Escolha plantas compatíveis com o clima onde o jardim será implantado. Por exemplo, Tulipas holandesas, que são plantas de clima temperado, certamente não vão vingar nos trópicos. Algumas espécies, até se adaptarão, mas nunca atingirão sua plenitude.








  • Atente para como será o desenvolvimento das plantas. Quanto às raízes, que "crescem para os lados e para baixo", determine um tamanho de cova ou vaso próprio para a espécie escolhida, e quanto à altura, especialmente, cuidado para não colocar, por exemplo, uma linda Palmeira sob uma marquise. Depois de algum tempo, se plantada nesta condição, sua Palmeira vai estar deformada e corcunda, tentando buscar espaço para crescer.








  • Controle a ansiedade em ver seu jardim pronto de imediato. Um jardim demanda um tempo para amadurecer. O plantio de muitas mudas para dar o "efeito de pronto", vai provocar uma concorrência e o subdesenvolvimento da maior parte das plantas, pois elas
    necessitam de espaço e alimentação para crescer. Muita gente comendo no mesmo prato, não dará bons resultados, a médio e longo prazo.








  • Combine espécies que se harmonizem. Isto contribui para um bom resultado estético.
    Uma Roseira jamais se sentirá confortável morando ao lado de um Cactus. Observar a natureza é sempre um bom exercício. Também pesquise na internet, em livros e revistas , pois este é um bom caminho para se ter êxito.






  • Lembre que o jardim é para ser contemplado e usado. Portanto, a escolha dos acessórios é importante para o resultado que se pretende na construção do espaço.







i.Caminhos tem uma função e são para serem utilizados e não são, simplesmente, um enfeite para o jardim. A escolha de materiais deve levar em conta a segurança e praticidade, além da beleza.

A unidade de materiais trará bons resultados e dará a impressão de um jardim maior e mais organizado. Entretanto, um trecho com bolachas de eucalipto, outro de pedriscos, outro de placas de granito, etc., seguramente não vai contribuir para o embelezamento.



ii. Pedras são lindas e se encaixam muito bem em quase todos os estilos e tamanhos de jardim. A escolha e colocação, porém, deve ser cuidadosa para não deixar o jardim com aspecto rígido. Quanto mais se imitar a natureza na colocação, melhores serão os resultados. Se passearmos num bosque, jamais vamos encontrar uma rodinha de pedras cercando um arbusto.



iii. Adornos podem dar um colorido e um toque especial. Eu, particularmente não gosto de anõezinhos e plaquinhas do tipo "Aqui vive uma família feliz", mas há quem goste. Prefiro uma obra de arte (mesmo que seja uma réplica), um tronco escultural ou um lindo banco, mas há quem goste. Tenha o cuidado de não
transformar seu jardim em uma vitrine de "Garden Center".

Enfim, estude sua necessidade, seu espaço, pense, observe, pesquise, pergunte e ...

MÃOS À OBRA !!!

Autor: Ana Toledo